AS PARALIMPÍADAS E A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR NOSSOS TALENTOS

Se eu te pedisse para indicar três pessoas em cargo de direção ou presidência de uma empresa, que seja PCD (Pessoa Com Deficiência), você saberia indicar?

O mais provável é que não. Mas e se fosse apenas uma? Ainda assim, para muitos, seria difícil.

Ser uma PCD em qualquer lugar do mundo envolve uma séria de dificuldades, e no Brasil, mais ainda.

Para se ter uma ideia, dados do Dieese apontam que 6 em cada 10 PCD no Brasil ganham até 2 salários mínimo ou menos.

O número de vagas até vem aumentando nos últimos anos, porém, segundo o economista do Dieese Leandro Horie “Apesar do aumento, aproximadamente 50% dos postos de trabalho deixaram de ser preenchidos dentro da lei de cotas”.

Ou seja, era necessário ter pelo menos o dobro de PCD empregadas, para que se fizesse cumprir a lei já antiga, de 1991, que estabelece uma cota para a contratação desses profissionais.

A falta de mais políticas públicas de incentivo, falta de fiscalização e até mesmo a falta de instalações corretas dentro da empresa para receber uma PCD na empresa, contribuem para que esse cenário não tenha perspectiva de melhora.

Ah, sim, e voltando a falar das Paralimpíadas que está acontecendo e o título desse texto, quantos talentos o Brasil está perdendo a oportunidade de desenvolver, seja no esporte ou no mercado de trabalho.
(E o CEO/Presidente PCD, você também já encontrou?).